Híbrido. Essa pode ser considerada uma das principais palavras de 2021, um ano marcado pela retomada gradual das atividades pós-pandemia, mas não de maneira completa. Foi um ano de consolidação das mudanças provocadas em 2020 e também de abandonar hábitos que só faziam sentido em um mundo totalmente isolado.
O que se tornou híbrido no ano passado foi o varejo brasileiro, que recorreu ao ecommerce para sobreviver e agora precisa lidar com os novos hábitos de consumo do público. O cenário do comércio brasileiro vive um dilema: como oferecer a melhor experiência para seus diversos perfis de clientes - aqueles que ainda estão se acostumando a comprar online e o público nativo do digital, que já utilizava o ecommerce mesmo antes da pandemia.
Esse foi um dos diagnósticos apontados peloRelatório de Varejo 2022realizado pela Adyen em parceria com a KPMG. A pesquisa consultou 10 mil varejistas de 23 países e 40 mil consumidores de 26 países. O Brasil recebeu destaque, com dados e insights exclusivos sobre o panorama local.
Abaixo, apresentamos um resumo dos principais pontos trazidos pelo estudo. O relatório completo pode ser acessadoaqui. Ao longo das próximas semanas, também abordaremos outras conclusões e informações do relatório aqui no nosso blog. Acompanhe!
Os dois públicos do varejo no Brasil
Os dados sobre os hábitos de consumo e a adoção da tecnologia no varejo do Brasil revelam a presença de dois públicos no mercado brasileiro. Um que já estava acostumado a fazer compras online e agora quer poder contar com um comércio ainda mais multicanal, e outro que entrou no ecommerce por conta da pandemia, mas que tende a retornar às lojas físicas.
Curiosamente, o Brasil possui, atualmente, taxas muito acima da média mundial em relação ao uso de aplicativos para compras. Enquanto a média do mundo está em 53%, no Brasil 83% dos entrevistados disseram estar usando mais aplicativos de compras agora do que antes da pandemia.
O número indica não só a inclinação do brasileiro para aderir a novas tecnologias e adotar novos canais de venda, como também a inserção de smartphones na sociedade brasileira, que tem dois aparelhos por habitante.
Por outro lado, 40% dos brasileiros ainda preferem fazer compras em lojas físicas e 72% dizem que os espaços físicos são um fator importante para se relacionar com a marca, mesmo que eles façam as compras online.
Comércio multicanal veio para ficar
O modelo híbrido de negócios é visto com bons olhos pelos brasileiros:
85% dos entrevistados disseram que buscam estabelecimentos que ofereçam uma jornada de compras multicanal e 52% disseram que desistem da compra se não puderem pagar da maneira que preferirem.
Em um ano, entre 2020 e 2021, houve um salto de 48% para 66% na porcentagem de consumidores que disseram que o varejo deveria oferecer mais tecnologia em suas lojas físicas, como a possibilidade de comprar online e retirar na loja.
Os comerciantes parecem ter entendido esse “novo” consumidor:
98% disseram que pretendem abarcar mais tecnologia em suas experiências e 55% afirmaram que pretendem aumentar a quantidade de lojas físicas de seus negócios.
A abertura dos brasileiros para novos canais de venda ajudou os varejistas: 80% dos negócios brasileiros conseguiram minimizar suas quedas de vendas com o comércio online desde o início da pandemia, em 2020.
Se o isolamento social trouxe novos hábitos de compra ao brasileiro, a jornada omnichannel é uma dos principais legados para o varejo do país.
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