Black Fraude: o que pode dar errado em uma compra online para varejistas e compradores

Meados de novembro marcam o início do período de vendas de final de ano para o varejo brasileiro. A combinação daBlack Fridaycom o Natal (isso sem falar da proliferação de amigos secretos) movimenta as vendas como poucas combinações de datas no resto do ano.

Isso tudo traz complexidade. O volume de vendas cresce com rapidez e os clientes ficam mais exigentes, esperam que tudo funcione, da busca pelos produtos, passando pelo momento crítico do pagamento, acabando na experiência de recebimento do produto.

Com o tempo, clientes ficaram mais espertos e a data ganhou corpo, fazendo com que menos lojistas praticassem esse tipo de “estratégia”. Porém, ainda há diversasfraudesrondando durante a data comercial, algumas não só restritas à última sexta-feira de novembro, mas que afetam o ecommerce como um todo.

São problemas que vão de roubo de dados e cartões de crédito até a análise e exploração de sites com menos segurança para efetuar grandes fraudes.

Já quem é dono de umecommerce, corre outros riscos de fraude, especialmente na Black Friday. A data comercial traz um fluxo atípico de compras, fazendo com que os comerciantes precisem mudar seus protocolos de segurança, o que causa uma enorme fila de aprovação de compras, além do risco de perder vendas.

Por conta do grande número de promoções da Black Friday, os hábitos de consumo mudam. O problema é que grande parte dos protocolos antifraude para ecommerce levam em consideração hábitos de consumo para validar uma compra, o que pode afetar a loja nestas grandes datas comerciais.

Abaixo, três dicas para driblar problemas:

1 - Um ponto importante é rever a estratégia de prevenção a fraude para saber se ela comporta alto volume de vendas. Caso não, é aconselhável rever as regras. Se você espera um ticket médio maior na Black Friday ou mais produtos no carrinho, você precisa subir a barra.

2 - É comum ter regras baseadas em valor e quantidade de produtos no caminho. A Black Friday é a busca pelo equilíbrio entre barrar fraudes e liberar a compra de bons clientes. Como é uma data com comportamento incomum dos clientes, essas regras anteriores nem sempre funcionam bem na data.

3 - Lojas com menos protocolos de segurança tendem a sofrer ataques em grande escala de fraudadores. Quando um fraudador descobre que uma loja tem protocolos frouxos, a informação é repassada para uma rede, que passa a atacar o estabelecimento em massa, especialmente em datas comerciais como a Black Friday. Vale ficar atento a isso também!

O grande desafio para compras online, atualmente, é o processo de autenticação. Nas vendas físicas, isso é muito fácil: cartões de crédito físicos, por exemplo, contam com um chip de identificação e exigem que o comprador insira o PIN noterminal de pagamentos. Mas no mundo online isso é muito mais complexo.

Os dois tipos de fraudes mais comuns contra consumidores são o uso massivo de cartões e roubo de conta.

Geralmente, a fraude existe quando não há tratamento de dados. Muitas empresas não têm as camadas de segurança necessárias e podem ser hackeadas, vazando os dados dos cartões dos clientes. Depois que os dados foram comprometidos, o fraudador escolhe algum site de serviço para validar o cartão para saber se ele é "bom". Caso passe no teste, o cartão é vendido para outros fraudadores que gastarão altos valores.

Já o roubo de conta acontece em casos dePhishing, quando o criminoso envia um email que simula o site de um ecommerce real para que o cliente coloque os dados no endereço falso. Esse caso é usado para burlar o teste de qualidade do cartão, já que muitas contas costumam ter cartões salvos.