Guias e relatórios

Como a pandemia mudou os hábitos de pagamento dos brasileiros

Diminuição no número de pessoas desbancarizadas e adoção de pagamento sem contato são alguns dos impactos observados

3 março, 2021
 ·  4 minutos
Pessoa bebendo café enquanto visualiza uma notificação de transação bem-sucedida no laptop

Entre os inúmeros impactos trazidos pela pandemia do Coronavírus estão mudanças nos hábitos de pagamentos dos consumidores brasileiros. Hoje parece até difícil lembrar de certos hábitos dos tempos pré-pandemia. Ao longo do último ano, nos habituamos a expressões como home office ou telemedicina, entre outros, normalmente trazidos enquanto diversos tipos de negócios tentavam entender como continuar trabalhando nestes tempos de incerteza.

Ao mesmo tempo em que as empresas se adaptavam às condições impostas pela pandemia, o consumidor brasileiro também adotou novos hábitos e abandonou alguns antigos, sempre visando se proteger do coronavírus. Os meios de pagamento são um exemplo, com apopularização dos pagamentos sem contatoou pagamento por aproximação, entre outras. Veja abaixo como o comportamento do consumidor brasileiros mudou com a pandemia.

Digitalização do consumidor

Em umlevantamento realizado pelo Banco Central do Brasil em 2018, foi constatado que 52% das compras feitas no país em lojas físicas foram pagas com dinheiro em espécie. Esse mesmo estudo apontou que o dinheiro era a forma de pagamento utilizada com maior frequência para 60% dos entrevistados.

Esses dados são reforçados por uma pesquisa elaborada pelo Banco Mundial em 2019. O estudo trouxe luz a uma questão importante sobre o consumo no Brasil: cerca de 45 milhões de pessoas ainda não estavam incluídas no sistema bancário, ou seja, eram pessoas que não tinham, por exemplo, uma conta bancária.

Um ano após o estudo do Banco Mundial, já em um cenário de pandemia, o número de pessoas que não possuíam conta em banco havia caído em 73%. Isso é o que diz o relatório “A aceleração da Inclusão Financeira durante a Pandemia de COVID-19: Trazendo à tona oportunidades escondidas”, realizado por Americas Market Intelligence, encomendado pela Mastercard.

Um dos motivos que mais influenciaram esse crescimento da população bancarizada no Brasil foi o auxílio emergencial. Possuir conta em banco não era um pré-requisito para receber o auxílio, porém o processo era mais prático e rápido para os que já estavam incluídos no sistema bancário.

Além disso, com as agências bancárias e casas lotéricas trabalhando em horário reduzido, muitas pessoas passaram a realizar pagamentos por meio de smartphones ou computadores, o que torna necessário possuir uma conta bancária.

Novos hábitos na pandemia

Se em 2018 o dinheiro era rei, oRelatório Varejo 2021, realizado pela Adyen, mostrou que o consumidor está mudando seus hábitos de pagamento. Ao perguntar para 2 mil consumidores brasileiros se eles preferem utilizar um cartão de crédito ou débito em vez do dinheiro, 80% responderam que sim.

Até mesmo a forma como as pessoas usam o cartão está passando por mudanças.Os pagamentos por aproximação cresceram 456% em 2020em comparação ao ano de 2019, movimentando R$ 3,9 bilhões.

No entanto, até mesmo o cartão físico já deixou de ser utilizado por uma parcela da população. Entre os entrevistados do Relatório Varejo 2021, 28% afirmaram que não realizam mais pagamentos com cartão e sim comcarteiras digitais, por meio de smartphones, smartwatches e outros dispositivos.

Outro fator importante que está diretamente relacionado com a digitalização do consumidor é a adoção dorecém-lançado Pix. Com pouco mais de 3 meses em operação, o Pix já movimentou mais de R$ 203 bilhões, com mais de 237 milhões de transações realizadas.

Com uma ampla variedade de meios de pagamento, as lojas precisam estar preparadas para aceitar o meio que for mais conveniente para o consumidor. Ainda de acordo com o Relatório Varejo 2021, 53% dos brasileiros já abandonaram uma compra porque não podiam pagar da forma que queriam.

Mudanças permanentes

Ao se tratar de hábitos de pagamento, pode-se considerar que a pandemia intensificou um processo de digitalização que vinha acontecendo há um tempo. É possível notar essa adesão às novas tecnologias com a ascensão das fintechs, com os altos investimentos das empresas em presença digital, crescimento nos números do ecommerce e outros fatores.

Com novas formas de pagamento surgindo a cada dia, aliado a um cenário em que é recomendável ficar em casa, é certo que os consumidores acabarão encontrando a solução mais prática para realizar suas transações e, com isso, é muito provável que continuarão utilizando-as mesmo após a pandemia.

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